Dentre os principais crimes praticados contra a mulher, está o feminicídio, que é a consequência mais extrema da violência em razão de gênero. Em Sergipe, segundo dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da SSP, neste ano, foram registrados cinco feminicídios. Os crimes ocorreram nas cidades de Aracaju, Nossa Senhora das Dores, São Cristóvão, Simão Dias e Tomar do Geru.

De acordo com o levantamento feito pela CEACrim, as dez ocorrências de violência contra a mulher com o maior número de registros são ameaça, injúria, lesão corporal, vias de fato, ações contra a liberdade de manifestação do pensamento e de informação, dano, descumprimento de medidas protetivas de urgência, perseguição, stalking – perseguição no ambiente virtual – e difamação.

Nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, conforme os dados da CEACrim, foram 580 casos de ameaça, 289 de injúria, 286 de lesão corporal, 158 de vias de fato, 82 ocorrências envolvendo ações que cerceiam a liberdade de manifestação do pensamento e de informação, 73 de dano, 58 de descumprimento de medidas protetivas, 44 de perseguição, 41 de stalking e 36 de difamação.

A delegada Renata Aboim explicou que todas as práticas de violência contra a mulher precisam ser denunciadas à Polícia Civil. “Acreditamos que a denúncia precoce consegue barrar a violência e evitar que evolua até um feminicídio. O agressor sempre dá sinais. Ele demonstra ciúme excessivo. Começa de forma sutil, mas que, com o tempo, vai demonstrando cada vez mais o sentimento de posse com relação à vítima”, reforçou.

Atendimento especializado

As vítimas de violência doméstica podem procurar o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), que engloba a DEAM. A unidade funciona em regime de plantão, 24 horas, e fica localizada na rua Itabaiana, 258, em Aracaju. As denúncias também podem ser feitas pelo telefone 190 (da Polícia Militar para os casos de flagrantes), 181 (Disque-Denúncia) e (79) 3205-9400.

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