A Polícia Civil de Sergipe, em apoio à Polícia Civil do Paraná, cumpriu, na manhã desta quarta-feira (13), um mandado de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão domiciliar no município de Lagarto. A ação integra uma operação nacional que investiga um esquema de falso consórcio que teria movimentado cerca de R$ 500 milhões em todo o país.
Ao todo, a terceira fase da investigação contou com o cumprimento de 45 ordens judiciais — sendo 33 de busca e apreensão e 12 prisões — em diversos estados brasileiros. O objetivo é desarticular o braço financeiro da quadrilha, que atraía vítimas por meio de anúncios nas redes sociais, oferecendo facilidades para a compra futura de imóveis e veículos.
Segundo o delegado José Janiel da Silva, responsável pela prisão em Sergipe, o alvo foi detido em Lagarto e, nas buscas realizadas, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos (celular, notebook, pendrive e tablet), além de mais de R$ 57 mil em espécie. O preso será encaminhado para audiência de custódia e permanece à disposição da Justiça e da Polícia Civil do Paraná, que conduz a investigação.
De acordo com as apurações, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada, call centers clandestinos e sistemas digitais para intermediar contratos e receber valores das vítimas, sem a entrega dos bens prometidos. Funcionários treinados participavam do processo e recebiam comissões de cerca de 1% por operação.
A operação também teve ações nas cidades de Manaus (AM), Belém, Santarém e Ananindeua (PA), Maceió e Marechal Deodoro (AL), Itabaiana e Aracaju (SE), Salvador (BA), Fortaleza e Eusébio (CE), Belo Horizonte (MG), São Paulo, Campinas e Diadema (SP) e Florianópolis (SC).
A Polícia Civil orienta que, antes de aderir a consórcios ou propostas semelhantes, seja verificada a idoneidade das empresas e que todo pagamento seja feito apenas a instituições devidamente autorizadas.
Por LagartoComoEuVejo.com.br