Segundo familiares, duas crianças seguem internadas em estado grave no Hospital Universitário de Lagarto (HUL), à espera de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas em Aracaju. A situação expõe um problema recorrente na rede pública de saúde em Sergipe: a escassez de leitos intensivos infantis.

Um menino de 1 ano e 7 meses está intubado desde a madrugada da última quarta-feira (30), após ser diagnosticado com bronquiolite aguda. Devido ao quadro clínico, ele precisa de sedação contínua para evitar agitação, mas os períodos em que o efeito do sedativo passa agravam ainda mais seu estado. A família tem feito um apelo por agilidade na transferência, temendo pela vida do pequeno.

Outro caso semelhante envolve a menina Maria Liz, internada na ala amarela pediátrica do mesmo hospital. Segundo relato da mãe, a criança enfrenta um quadro grave de pneumonia e também necessita com urgência de um leito de UTI, que até o momento não foi disponibilizado.

“Minha filha está lutando para respirar. A cada hora que passa sem o suporte necessário, aumenta o risco. Ela precisa de UTI, e simplesmente não há vaga. Isso não pode continuar assim. Faço um apelo às autoridades: ampliem os leitos pediátricos com urgência”, declarou a mãe de Maria Liz.

Os dois casos refletem uma realidade enfrentada por diversas famílias sergipanas. Com a chegada do período de maior incidência de doenças respiratórias em crianças, cresce também a demanda por internações em UTI, o que sobrecarrega o sistema.

A carência de leitos de UTI pediátrica não é novidade em Sergipe e, segundo familiares, tem custado tempo precioso no tratamento de crianças em estado crítico. Profissionais de saúde também apontam que a ausência de estrutura adequada compromete a qualidade da assistência prestada.

O Hospital Universitário de Lagarto informou que atende casos pediátricos no ambulatório e na ala amarela, voltada para situações mais graves. Quando há necessidade de UTI, a solicitação é feita à Central de Regulação do Estado, responsável pela disponibilização dos leitos. O hospital afirma que acompanha de perto os casos e oferece todo o suporte possível enquanto aguarda a transferência.

Por LagartoComoEuVejo.com.br

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