Nesta quarta-feira (18), o dólar comercial fechou em alta de 2,82%, cotado a R$ 6,267, maior valor desde o Plano Real. A moeda iniciou o dia em R$ 6,11, chegou a desacelerar pela manhã, mas voltou a subir após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a decisão do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.

O Fed reduziu a taxa de juros básica em 0,25 ponto percentual, mas sinalizou uma postura mais cautelosa para 2025, indicando menos cortes futuros. A decisão gerou instabilidade nos mercados, pressionando ainda mais o dólar.

Na bolsa, o Ibovespa caiu 3,15%, encerrando aos 120.772 pontos, menor nível desde 20 de junho. A decisão do Fed também impactou o Dow Jones, que recuou 2,2% nos EUA.

Juros elevados nos Estados Unidos, atualmente entre 4,25% e 4,5% ao ano, têm levado investidores a retirar capitais de mercados emergentes, aumentando a pressão no Brasil. O cenário é agravado por incertezas com a votação do pacote fiscal no Congresso, que visa reduzir gastos obrigatórios e flexibilizar cortes em emendas parlamentares.

O dólar alto é ruim porque encarece produtos e serviços importados, como eletrônicos, medicamentos e combustíveis, impactando diretamente o custo de vida da população. Além disso, aumenta os custos de empresas que dependem de insumos ou dívidas em moeda estrangeira, pressionando a inflação. Esse cenário reduz o poder de compra, dificulta investimentos e prejudica o crescimento econômico do país.

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