Com o intuito de aumentar a cobertura vacinal e a adesão da sociedade, o Ministério da Saúde divulgou que ocorrerá a simplificação do esquema de vacinação contra o HPV, que passará a ter dose única para meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade. Vacinar as crianças contra o HPV é uma estratégia de saúde pública eficaz, pois contribui para a redução da disseminação do vírus na população em geral. Além disso, protege da infecção sexualmente transmissível, que causa diversos tipos de cânceres, entre eles, o de colo uterino, vulva, vagina, ânus, orofaringe e de pênis.
O diretor da Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, explicou como ocorrerá a nova atualização. “A nota técnica do Ministério da Saúde apresenta um resultado de alguns estudos que demonstram que o efeito de uma dose é semelhante ao de duas doses. Então, a vacina em crianças de 9 a 14 anos com aplicação de dose única é suficiente para a imunização. Com isso, conseguimos intensificar mais a vacinação e garantir que todo mundo tenha pelo menos essa dose”, explicou.
Ainda conforme o diretor, a população infantil que tomou a primeira dose já está imunizada. “Essa nota também aponta para uma expectativa futura de que a gente consiga ampliar a vacinação contra o HPV no SUS até os 19 anos, para aquelas pessoas que perderam a chance de se vacinar entre 9 e 14 anos. O país está começando a fazer essa orientação primeiro para região Norte, e estará reavaliando se o quantitativo de vacinas que já está disponível no SUS será suficiente para englobar as demais regiões do Brasil”, completou Marco Aurélio.
Cobertura vacinal
Segundo o Ministério da Saúde, o HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus.
A vacina contra o HPV é mais eficaz quando administrada em crianças, antes do início da atividade sexual, porque o sistema imunológico das crianças produz níveis mais elevados de anticorpos em comparação com os adultos. Isso significa que a vacinação na infância tem maior probabilidade de gerar uma resposta imunológica mais potente e duradoura. Além disso, as crianças geralmente não foram expostas ao HPV.
Em Sergipe, no ano de 2023, a vacinação contra o HPV atingiu (62,29%) com a primeira dose em meninas e (47%) com a segunda dose, enquanto que a primeira dose em meninos atingiu (41,54%) e (42%) com a segunda dose.