Com drones e reconhecimento facial, as ações de identificação e prisão de foragidos da Justiça estão acontecendo de forma cada vez mais estratégica em Sergipe. A Divisão de Inteligência (Dipol) vem aplicando a tecnologia que envolve o cruzamento de dados de banco de dados com imagens capturadas em tempo real pelos drones. Como resultado da utilização dessas novas ferramentas tecnológicas, Sergipe é o segundo estado do país a registrar uma prisão a partir de foragido da Justiça a partir do monitoramento em tempo real de drones com a tecnologia de reconhecimento facial.

A utilização dessa tecnologia é fruto da busca por soluções tecnológicas para o incremento da atividade policial em Sergipe, conforme contextualizou a diretora da Divisão de Inteligência (Dipol), Mayra Moinhos. “O Núcleo de Modernização da Polícia Civil, a partir do Setor de Desenvolvimento de Sistemas, assessorado pela Dipol, vem buscando soluções tecnológicas para somar ao trabalho dos investigadores”, explicou.

Diante dessa necessidade de aprimorar a atuação investigativa da Polícia Civil, o reconhecimento facial e o banco de dados são duas ferramentas essenciais para a atuação da instituição policial. “Então, mediante uma parceria público-privada, o Setor de Desenvolvimento de Sistemas criou um banco de dados ligado a imagens de investigados. As ações visam proteção e segurança para sociedade”, especificou Mayra Moinhos.

Além da identificação de foragidos da Justiça, a ferramenta também possibilita um incremento nas ações de localização de pessoas desaparecidas, assim como ressaltou a diretora da Dipol. “Além de ajudar o investigador na busca e captura, o sistema também produz dados e traz a certeza de que o evento em que a comunidade está participando é seguro. Assim, também conseguimos garantir a segurança de forma preventiva”, citou.

Funcionamento da tecnologia:

Com o alerta emitido pelos sistemas da Polícia Civil, as equipes policiais têm informações ainda mais precisas sobre a localização do foragido da Justiça ou de uma pessoa na condição de desaparecida, assim como descreveu Mayra Moinhos. “Há o alerta à equipe técnica de que aquela pessoa tem semelhança com os dados que constam no banco de dados”, ressaltou a diretora da Dipol.

Vantagens

A utilização da tecnologia do reconhecimento facial aliado aos bancos de dados propicia vantagens ao trabalho policial como a utilização de forma mais efetiva das equipes, já direcionadas pelas informações observadas em tempo real. “Propicia agilidade, já que o sistema responde em segundos pela probabilidade de convergência. É mais uma ferramenta que agrega ao policial instrumentos ao combate ao crime”, destacou Mayra Moinhos.

E o resultado em Sergipe tem sido satisfatório. “É uma somatória de atores da Polícia Civil envolvidos nesse grande projeto de tecnologia. Assim, fomos o segundo estado da federação a conseguir a identificação de um investigado via drone. Ele realmente tinha um mandado de prisão, que foi cumprido pelos policiais após o alerta emitido pelos equipamentos que são utilizados pela instituição”, enfatizou a diretora da Dipol.

Novas tecnologias

Além dos drones com reconhecimento facial, novas ferramentas estão sendo implantadas, assim como descreveu Pierre Cavalcante, diretor da empresa sergipana que está atuando na parceria com a Polícia Civil. “Agora, estamos trazendo uma tecnologia pioneira na parte de reconhecimento facial e de placas de veículos por óculos ligado à rede neural. A parceria é sem fins lucrativos e estamos validando tecnologias novas no Brasil”, ressaltou.

Uso no Projeto Verão

No último Projeto Verão, a tecnologia de drone e reconhecimento facial permitiu a localização de um foragido da Justiça. “Ele foi encontrado não só pela ferramenta de reconhecimento facial tradicional, mas também pelo drone, que é um dispositivo que estava fazendo toda a varredura da área do Projeto Verão. Assim, foi identificado o investigado com mandado de prisão em aberto”, explicou Mayra Moinhos.

Assim, o uso do drone aliado ao reconhecimento facial possibilitou o cumprimento do mandado de prisão que havia sido emitido há poucos dias pela Justiça, conforme evidenciou a diretora da Dipol. “E a gente viu que era um investigado que estava frequentando livremente um evento público e inclusive estava praticando crimes. Então, de forma preventiva, agregamos à persecução penal”, finalizou a diretora da Divisão de Inteligência.

Fonte: SSP/SE

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