A 1ª Delegacia Metropolitana (1ª DM) registrou na última quarta-feira, 14, 20 boletins de ocorrência referentes à falsa cooperativa que oferecia supostos empréstimos em Sergipe. Segundo a investigação inicial, as vítimas eram atraídas para o golpe por meio de conteúdo patrocinado divulgado em redes sociais.

Os levantamentos preliminares mostraram que os clientes eram chamados pelas redes sociais, momento em que eles eram convencidos de que receberiam o crédito e a pessoa destinaria para o que quisesse. Tal informação atraiu a atenção de pessoas que queriam adquirir bens duráveis ou que estavam endividadas, já que as taxas oferecidas eram atraentes.

O escritório do grupo criminoso funcionava na capital. “Quando a pessoa clicava nas redes sociais, no conteúdo patrocinado deles, eles remetiam para o WhatsApp. No WhatsApp, eles faziam o contato inicial e mandavam procurar os seus atendentes numa galeria, no bairro 13 de Julho. Lá chegando, eles ofertavam crédito à taxa de juros baixíssima, inclusive para negativados”, citou o delegado Augusto César, que está à frente das investigações.

Segundo apuração, para receber o valor solicitado no empréstimo, a vítima precisava antecipar um montante antes mesmo da liberação do dinheiro. “Diante dessa situação de endividamento que as pessoas passam, várias delas levantavam uma parcela de 10% do valor a ser creditado na conta delas e antecipavam para essa cooperativa, a título de se tornarem cooperadas”, citou o delegado.

O fato do escritório da suposta cooperativa estar situado numa galeria onde funcionava diversos escritórios transmitiu confiança aos interessados, que realizaram a antecipação de 10% e não receberam o valor solicitado.

As investigações mostraram que, de fato, o dinheiro não ia para a cooperativa, mas sim era destinado a contas de terceiros, através de pagamento via cartão de crédito, em maquinetas que não pertenciam à empresa, ou em espécie. O grupo delituoso evitava qualquer depósito que vinculasse a instituição à transação.

Dicas

“Você vai solicitar um crédito? Não confie absolutamente no conteúdo patrocinado, por trás desse conteúdo patrocinado, podem estar golpistas. Se precisar de crédito, procure uma instituição séria. Observe outra coisa, o cliente não deve fazer depósitos antecipados para conseguir o empréstimo”, orienta o delegado Augusto César.

O delegado também sugere que o interessado averigue a situação cadastral da empresa. “Verifique o CNPJ com quem você vai se relacionar. Quem é aquela empresa? Está válida? Está ativa? Quem é o titular? Ela tem capital social para oferecer esse tipo de produto?”, concluiu o delegado.

A partir dos registros dos boletins de ocorrência feitos até o momento, a Polícia Civil vai identificar e qualificar as vítimas e eventuais testemunhas e buscar a autoria e a participação de cada envolvido. Informações sobre o caso podem ser enviadas por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181.

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