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Dependência Tecnológica: os riscos em torno de um mundo globalilzado

De acordo com o Calendário Oficial de Eventos do Estado de Sergipe, na última semana do mês de março, fica instituída em todo território sergipano a ‘Semana de Orientação, Prevenção e Combate à Dependência Tecnológica’. Amparada pela Lei nº. 8.568 – publicada em 02 de setembro de 2019 -, a ação na Lei busca conscientizar os sergipanos a proporcionar equilíbrio entre o uso consciente de aparelhos eletrônicos e a necessidade de estar conectado 24 horas por dia. O deputado Doutor Samuel Carvalho (Cidadania) é o autor do Projeto que originou a Lei Estadual.

Um estudo realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), indica que em Sergipe, 81,5% das pessoas com idade de 10 anos ou mais, têm acesso diário à internet. A dependência tecnológica, segundo a análise, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi divulgada no final do ano passado. Diante da evolução instantânea das novas tecnologias, especialistas acreditam que esta taxa percentual pode ser reajustada pra cima, chegando perto dos 84% até dezembro deste ano. Profissionais da Psicologia compreendem que não existe somente uma causa específica que conduza uma pessoa a ficar presa aos respectivos aparelhos eletrônicos. O ato involuntário de manusear os equipamentos é um dos sinais da dependência tecnológica.

Na tentativa de ampliar as discussões sobre este tema, o publicitário e empresário Carlos Alberto tem posto em prática uma campanha que busca conscientizar as pessoas a aproveitar mais a vida real, e utilizar as redes virtuais apenas em momentos específicos, voltados para os estudos e/ou em atividades trabalhistas. Para o analista, por mais que as pessoas não tenham determinada necessidade de utilizar os mais variados tipos de equipamento eletrônico, o instinto tecnológico contemporâneo às conduz para a ação involuntária.

“Como uma das nossas frases de efeito bem diz: precisamos nos permitir a desconectar. Com o avanço das plataformas digitais e aplicativos tecnológicos, isso inclui as redes sociais, temos observado que as pessoas deixaram de viver a vida real. É fácil se deparar com um motorista mexendo no celular; amigos em mesa de bar sem se conversar, apenas com telefones e tabletes nas mãos; ou em casa, usando estes mesmos equipamentos durante as refeições. Enfim, é um cenário que necessita de atenção. Essa semana de Orientação, Prevenção e Combate à Dependência Tecnológica, no âmbito do Estado de Sergipe, é essencial para esta luta coletiva”, disse.

Impactos

A dependência tecnológica pode provocar já a curto e médio prazo grande atraso para a vida dos usuários compulsivos. Isso acontece porque dependência gera tensão, necessidade constante e um total desligamento de outras coisas que são muito importantes para nós mesmos. A princípio, essa dependência age de forma silenciosa, tímida, até alcançar cenários extremos. Sobre a distração que este uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode provocar, Carlos Alberto aponta para problemas de foco tanto no ambiente de trabalho, nas atividades estudantis, ou mesmo no âmbito familiar.

“Quando a gente fala dos estudos, estamos nos referindo desde a escola em seu ensino fundamental e médio, até o período de estudo universitário e voltado para concursos. Inúmeros são os casos de profissionais que foram demitidos por causa dessa dependência; conflitos em famílias e até separação de casais. Essa nossa campanha felizmente já se expandiu para outros estados e até países. De forma indireta, mas com o mesmo propósito, faz parte da Semana de Orientação, Prevenção e Combate à Dependência Tecnológica”, completou o publicitário.

Milton Alves Júnior | Agência Alese de Notícias

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