Estação mais quente do ano, o verão no Hemisfério Sul começa nesta quarta-feira (21) e termina no dia 20 de março de 2023

Foto: José Cláudio / LagartoComoEuVejo.com.br (@claudio_lcev)

O verão no Hemisfério Sul começa às 18h48 (horário de Brasília) da próxima quarta-feira (21) e termina no dia 20 de março de 2023 às 18h25.

O período reflete o aumento da temperatura em todo Brasil em função da posição relativa da Terra em relação ao sol mais ao sul.

O movimento deixa os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo com condições favoráveis à chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 milímetros.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas, na estação, são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de chuva podem ser observados nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 mm.

Devido às suas características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem muita importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia (por meio das hidrelétricas) e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

Confira a previsão do Verão 2023 para todas as regiões do Brasil
Região Norte
A previsão climática para o verão indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em grande parte da Região Norte, principalmente na área norte da região, ainda devido à atuação do fenômeno La Niña e ao padrão de águas mais aquecidas próximo à costa.

No sul do Amazonas e do Tocantins, além do sudoeste do Pará, a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média durante o trimestre.

A temperatura média do ar deverá prevalecer em praticamente toda a região próxima da climatologia. Exceto em algumas partes do Tocantins e sudeste do Pará com temperaturas ligeiramente acima da média

Região Nordeste
A previsão do Inmet indica que haverá predomínio de chuvas acima da climatologia em grande parte da região, durante os meses de janeiro a março/2023.

Assim como na Região Norte, a continuidade das chuvas na Região Nordeste está associada aos impactos da La Niña e ao padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximas à costa nordestina.

Em áreas da Bahia, Sergipe e Alagoas existe a probabilidade de ocorrer chuvas ligeiramente abaixo da média.

A temperatura do ar deve predominar próxima e acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses, exceto no norte dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará, onde as temperaturas poderão ser ligeiramente abaixo da média, devido a dias consecutivos com chuva.

Região Centro-Oeste
A tendência para o verão é de chuvas acima da média histórica em praticamente toda região, exceto no sul do Mato Grosso do Sul, norte do Mato Grosso e oeste de Goiás, onde são previstos totais de chuvas ligeiramente abaixo da climatologia do trimestre.

Quanto às temperaturas, a previsão indica que devem ser próximas e ligeiramente acima da média climatológica nos próximos meses.

Região Sudeste
Para a Região Sudeste, a previsão para os próximos três meses é de irregularidade espacial das chuvas, com totais acumulados acima da média no Espírito Santo, região do Triângulo Mineiro e metropolitana de Belo Horizonte, além do oeste e leste de São Paulo, enquanto nas demais áreas a previsão é de chuvas próximas e ligeiramente abaixo da média.

Para a temperatura, as previsões indicam que devem ser próximas e ligeiramente acima da climatologia nos próximos meses.

Região Sul
A previsão indica maior probabilidade de chuvas próximas e abaixo da climatologia em toda a região, em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña pode causar.

As temperaturas serão próximas à climatologia e ligeiramente acima da média na Região Sul.

Com a previsão dos modelos climáticos indicando o enfraquecimento do fenômeno La Niña já em janeiro e a possível transição para a neutralidade nos meses seguintes, surge a questão sobre qual será o impacto deste evento na safra de verão 2022/23.

Além disso, é importante destacar que que o clima no Brasil não é apenas influenciado pela atuação desse fenômeno, existindo outros fatores que devem ser considerados e que também interferem nas condições de tempo e clima, fazendo com que a previsão climática nas regiões produtoras seja avaliada com atenção. Por: Gabriel Azevedo/canalrural

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