Informar de maneira lúdica e criativa sobre características e importância da ouvidoria da unidade hospitalar. Esse o objetivo do espaço Cantinho do Cordel, inaugurado na manhã dessa quinta-feira no Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS/Ebserh), voltado para pacientes e acompanhantes do hospital.

Na oportunidade foi apresentado o folheto “Ouvidoria em Cordel”, publicação institucional da Ouvidoria do HUL, de autoria da cordelista Ana Reis, que em 12 páginas fala em versos rimados e em linguagem acessível sobre o que é ouvidoria, como surgiu nas instituições públicas e formas de atendimento e acesso que o usuário pode se valer para manifestar a sua opinião e necessidades de comunicação.

No Cantinho do Cordel os usuários poderão folhear a obra, conhecendo e sabendo melhor como acessar a ouvidoria da instituição. Confira trechos do poema “Ouvidoria em Cordel”:

Se você quiser saber
O que é ouvidoria
Venha comigo viajar
Pelo mundo da poesia
Lugar pleno de emoção
Encanto e sabedoria

Ouvidoria, meus leitores
Dispõe de atendimento
Para que o nosso povo
Não sinta constrangimento
No momento que precisa
De bom esclarecimento

Espaço de acolhimento
Voltado pro cidadão
Procurando estimular
Toda participação
Das pessoas que precisam
De algo da instituição

Comunicação lúdica e criativa

“Apesar de ser considerado patrimônio material e imaterial do Brasil pelo Iphan, ainda existem barreiras e dificuldades para que o poete popular tenha mais espaço e visibilidade em suas manifestações”, observou na oportunidade a poetiza Ana Reis.

“Daí a importância dessa iniciativa do HUL e da Ebserh em abraçar essa causa visando esclarecer os usuários sobre o que significa e a importância da ouvidoria, mas de maneira lúdica, criativa e com uma linguagem mais próxima da realidade dos pacientes e acompanhantes que chegam ao hospital”, reforçou a cordelista.

Natural de Boquim/SE, a cordelista Ana Reis, 51, foi introduzida no universo do cordel pelo avô, que lhe apresentou ainda na infância obras de Patativa do Assaré, poeta e repentista cearense, considerado um dos principais representantes da arte popular nordestina do Século XX.

Além de lecionar português em escola pública, atualmente Ana Reis coordena em seu município o projeto “Cantinho Cultural Vovô Alípio Reis”, espaço de leitura e venda de livretos de cordel, com um acervo que já passa de 500 obras, sendo de autores variados. E participa desde 2018 do grupo de whatsapp “Grupo Foco no Cordel”, com participação de alunos e ex-alunos, como também de poetas cordelistas de outros estados.

Conscientização e informação

Para a ouvidora do HUL-UFS, Maria Edjane dos Santos, a utilização da literatura de cordel oportuniza falar da ouvidoria de forma acessível e lúdica, conscientizando e informando ao público usuário sobre a importância e formas de acesso. “Além de enaltecer esse aspecto importante da nossa cultura”, ressaltou.

Trazida do continente europeu, a literatura de cordel ingressou no Brasil durante a colonização portuguesa, sendo na época apresentada na forma oral. A denominação “cordel” deriva do modo como os livretos podem ser expostos e comercializados pendurados em cordões. Ao utilizarem linguagem acessível, podem transmitir informações relevantes e necessárias ao conhecimento da população.

Fonte: Assessoria

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