O Jovem Senador Cauã Carvalho de Oliveira, aluno da 2ª série do Ensino Médio do Centro de Excelência Professor Gonçalo Rollemberg Leite, em Aracaju, e representante de Sergipe no programa, participou esta semana da sessão promovida pelo Senado para empossar os jovens senadores selecionados nos 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal nesta edição. Na ocasião, os 27 estudantes elegeram os integrantes da Mesa Diretora do Jovem Senador 2022. O grupo, que participa de 27 de junho até o dia 1º de julho da Semana de Vivência Legislativa, terá como presidente a aluna Quéren Hapuque de Araújo Lima, do Amapá, e como vice-presidente, Gabriel Cezar Luiz Rigolin, do Paraná. 

Também foram eleitos como primeiro e segundo secretários, respectivamente, os estudantes Erick Gabriel Ferreira Cordeiro da Silva, da Paraíba, e  Francisco Davi da Silva, do Ceará. Dos 27 estudantes, 9 se candidataram à presidência, e Quéren Hapuque e Gabriel Rigolin foram os mais votados, com 6 votos cada um. Assim como acontece na eleição para presidente do Senado, assumiu o estudante com mais idade. 

Aluna da Escola Estadual Professora Antônio Ferreira Lima Neto, de Macapá, Quéren Hapuque agradeceu o apoio dos colegas e disse que quer aproveitar a oportunidade para, por meio da união, buscar ser um exemplo para os jovens que querem seguir o caminho da política. Ela lamentou que, em muitas situações, a opinião dos adolescentes não seja levada em consideração pelo simples fato de serem jovens. Para Quéren, a participação ativa dos estudantes na política fará com que eles possam ser ouvidos e, assim, transformar o mundo. 

“Quantas vezes nós, jovens de 14 a 18 anos, fomos silenciados pela população, pela sociedade? Quantas vezes os nossos desejos, as nossas posições foram ignorados só pelo fato de sermos jovens? Quantas vezes fomos calados dentro de escolas, dentro de qualquer lugar; nossa opinião geralmente não é respeitada, mas nós somos jovens, nós somos jovens participativos ativamente na política. Então, que nós possamos fazer a diferença hoje. Muitas pessoas falam que os jovens são o futuro do Brasil, o futuro do mundo, mas eu acredito que os jovens são o agora. Que nós possamos fazer a diferença agora, neste momento, que nós possamos mudar o mundo, mudar a forma com que as coisas acontecem”, defendeu. 

Redações

Todo ano, o programa seleciona 27 alunos do ensino médio (um de cada unidade da Federação) para passarem uma semana em Brasília, vivenciando no Senado o trabalho desenvolvido pelos senadores. A seleção dos estudantes é feita por meio de um concurso de redação. Neste ano, o tema da redação foi “200 Anos de Independência: lições da história para a construção do amanhã”.

Em seu texto, Quéren Hapuque destacou como lições desse processo a liberdade de expressão e o “despertar político” como caminhos para a construção de um país melhor.  “No período Imperial, a censura da liberdade de expressão era muito comum; logo, ninguém poderia se opor a assuntos de cunho político. Infelizmente, mesmo com o passar do tempo, isso continua a ocorrer por meio da intolerância por parte de indivíduos no espaço social. Esse problema gera uma polarização desnecessária e tira o foco do que realmente importa, que é a busca por um país melhor”, escreveu a estudante, que pretende cursar medicina e fazer especialização em neurocirurgia. Sua orientadora foi a professora Orcinda Nirleide de Almeida Valente. 

Criado em 2010, o Programa Jovem Senador ficou suspenso nos dois últimos anos por conta da pandemia do coronavírus. A ideia é fazer com que os 27 estudantes ganhadores do concurso de redação vivam a experiência legislativa o mais próximo possível da atuação dos senadores, numa legislatura com quatro dias de duração.

Além dos debates e da apresentação e votação de proposições legislativas, os jovens estudantes vão participar de reuniões preparatórias. Na manhã desta segunda-feira eles já participaram da cerimônia das bandeiras na rampa do Congresso Nacional e foram diplomados antes da sessão de posse.

Ao longo desta semana, o grupo vai se reunir em comissões temáticas, debater e elaborar sugestões de projetos de lei. Também receberão medalhas, notebooks, farão visitas às dependências do Congresso Nacional, à Catedral e ao Palácio do Planalto, entre outras programações.

As propostas apresentadas e aprovadas pelos jovens senadores tramitarão no Senado a partir da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). 

Fonte: Senado Federal

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