Os alunos do curso de arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Campus Lagarto, realizaram visita técnica ao Centro Histórico de Salvador e fizeram esboços das paisagens urbanas da Casa do Benin (projeto da Arquiteta Lina Bo Bardi), Praça Terreiro de Jesus, Praça Municipal, Elevador Lacerda, Palácio Rio Branco, Praça Tomé de Sousa, Cruzeiro de São Francisco, Igreja de São Francisco de Assis e Igreja do Bonfim.
O objetivo da atividade foi fazer uma investigação da estrutura, formas, formatos e composições visuais, daquilo que foi observado pelos alunos. Para o professor Márcio Lima, os esboços são desenhos analíticos que ampliam o conhecimento apreendido no momento da visita técnica. “O exercício consistiu em desenhar aquilo que mais afetou os alunos. O desenho é feito sob diversos fatores que envolvem o ambiente como: clima, cheiros, barulhos, olhares, dispersões, sabores, enfim, uma experiência que o desenho, através de uma fotografia, em um estúdio, por exemplo, jamais o proporcionaria”, disse.
Para a estudante Karoline Santos, esse tipo de atividade contribui de forma ativa para o processo de formação e percepção, além de estreitar os laços de relacionamento entre alunos e professores. “Sem dúvidas, foi uma experiência única e enriquecedora para todos que participaram. Foi incrível, finalmente, ter a oportunidade de pôr em prática muitas das técnicas de desenho desenvolvidas nas disciplinas de plástica e perspectiva de forma ativa, sem precisarmos de fotos para reproduzir o desenho em questão”, destacou.
De acordo com a professora Mariana de Góis, organizadora da visita técnica, Salvador é uma cidade histórica encantadora, por conta de sua representação para a história do Brasil e para o Patrimônio Histórico Edificado e Cultural. “A capital da Bahia é sem dúvidas um dos principais laboratórios para o estudo da arquitetura. Os discentes do curso conheceram, através do patrimônio material e imaterial, fragmentos da história do Brasil, desde o período colonial ao tempo presente, no sentido de trabalhar e ressignificar, in loco, elementos ligados à memória, a história da arquitetura e seus bens culturais”, explicou.
Karen Santos, estudante do curso, concorda que conhecer a arquitetura e a história de outro lugar é sempre enriquecedor. “A arquitetura é feita considerando as condições locais, então conhecer as características que Salvador tem, como os morros e a cultura muito alto astral, nos fez conhecer técnicas diferentes. Essa visita influenciará positivamente nossas vidas profissionais e acadêmicas daqui em diante”, informou.
A Coordenadoria do curso de Arquitetura e Urbanismo acredita que as visitas técnicas são importantes para a formação profissional de um acadêmico, pois possibilita o aprofundamento do diálogo entre as teorias e a prática. “Estas questões se materializaram nos olhares da cidade. Poder experienciar toda a riqueza histórica de Salvador, foi uma experiência marcante para o curso”, finalizou Mariana de Gois, que foi acompanhada pelos professores Luciano Vasconcelos, Lucycleide Santana e Ricardo Monteiro Rocha.
Fonte: IFS