Os condutores de ambulância de Sergipe paralisaram as atividades por 24 horas nesta terça-feira (4), em todo o estado. O movimento é coordenado pelo Sindicato dos Condutores de Ambulância de Sergipe (Sindconam) e tem como principal objetivo cobrar do Governo do Estado avanços nas negociações sobre reajuste salarial e valorização profissional.
De acordo com o presidente do Sindconam, Adilson Ferreira, a categoria enfrenta defasagem nos vencimentos e reivindica isonomia entre os condutores vinculados à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e os da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que exercem as mesmas funções, mas recebem salários diferentes.
“Desde janeiro estamos em negociação com o governo, mas o acordo coletivo ainda não foi assinado. Defendemos a igualdade de remuneração e um reajuste que, no mínimo, acompanhe a inflação acumulada de 5,46%. O governo propôs apenas 5%, o que representa uma diferença pequena para o Estado, cerca de R$ 63 mil por ano, mas faz grande diferença para os trabalhadores”, afirmou Ferreira.
Segundo o sindicato, a categoria havia dado prazo até o fim de outubro para que o governo apresentasse uma proposta satisfatória. Diante da falta de avanços, decidiu realizar uma paralisação de advertência. “Estamos abertos ao diálogo, mas não aceitaremos mais o desrespeito e a desigualdade”, reforçou o presidente.
Os serviços essenciais, como o atendimento de urgência e emergência, continuam mantidos durante o período da paralisação. O Sindconam informou que novas deliberações poderão ocorrer nos próximos dias, caso o impasse persista.
O que diz a SES
A Secretaria de Estado da Saúde informou que acompanha o movimento com atenção e mantém diálogo permanente com o sindicato. Segundo o órgão, foi apresentada proposta de reajuste salarial de 5%, com a manutenção dos benefícios do acordo coletivo e a inclusão de uma folga anual referente ao dia das categorias profissionais da saúde.
A pasta reafirmou o compromisso do Governo de Sergipe em valorizar os servidores e garantir a continuidade dos serviços prestados à população.
