Moradores de diversos bairros de Lagarto, especialmente os mais afastados do centro, têm enfrentado sérios problemas com a falta de água. Desde que a empresa Iguá Sergipe assumiu a distribuição no município, no último dia 1º de maio, aumentaram os relatos de interrupções no fornecimento e de baixa pressão da água, que muitas vezes sequer sobe para as caixas.
Entre as localidades com maior número de reclamações estão os conjuntos João Almeida Rocha e Nova Esperança, os bairros Ademar de Carvalho e Cidade Nova, além dos povoados Colônia Treze, Crioulo, Água Fria (em Salgado) e Tanque Novo (em Riachão do Dantas).
De acordo com os relatos enviados por moradores, quando a água chega, vem fraca e insuficiente:
“Aqui no Conjunto João Almeida Rocha tá faltando muita água”, contou uma moradora. “No Nova Esperança também está sem água. Chega só um pouquinho e nem sobe pra caixa”, desabafou outra. “Aqui onde eu moro já são três dias sem água e, quando volta, não sobe pra caixa”, relatou mais uma seguidora do perfil Lagarto Como Eu Vejo.
Além disso, há quem reclame de problemas crônicos de esgoto entupido e ausência de resposta efetiva das autoridades locais.
Diante dos questionamentos, a Iguá Sergipe enviou uma nota de posicionamento:
Nota de Posicionamento
A Iguá Sergipe informa que está comprometida em solucionar e informar à população lagartense as ocorrências encontradas em cada bairro. Em Lagarto e na região de Boquim, o clima chuvoso impactou na redução da vazão para a produção de água da Deso, o que reflete diretamente na distribuição feita pela concessionária.
A empresa informou ainda que, desde fevereiro, iniciou uma obra emergencial no trecho entre Lagarto e Riachão do Dantas para melhorar o abastecimento da região. A previsão de conclusão é até setembro de 2025.
Desde o início da operação plena, em maio, a concessionária afirma ter planejado uma série de ações estruturais e de manutenção com o objetivo de melhorar o abastecimento em todo o estado.
Apesar do posicionamento, a insatisfação permanece. Moradores cobram soluções mais rápidas e eficazes para um problema antigo, que persiste há anos — antes sob responsabilidade da estatal Deso, e agora nas mãos da empresa privada Iguá. A população espera que essa realidade finalmente mude e que o acesso regular à água, um direito básico, seja garantido.
Por José Pedro, LagartoComoEuVejo.com.br
