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Professor da rede estadual é afastado por importunação sexual contra alunas em Sergipe

Professor é investigado por gestos e palavras de conotação sexual, além de comentários de cunho racista e homofóbico

A Delegacia Regional de Nossa Senhora das Dores informou que obteve decisão liminar autorizando o afastamento de um professor da rede estadual de ensino de um colégio estadual, no município de Nossa Senhora das Dores, pela prática de importunação sexual – com gestos de conotação sexual e palavras ofensivas. O fato chegou ao conhecimento da unidade policial através do Programa Acolher, do Governo do Estado, em que psicólogos, pedagogos e assistentes sociais acompanham a realidade e o cotidiano dos alunos da rede estadual de ensino de Sergipe. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 25. 

De acordo com o delegado Wanderson Bastos, responsável pela investigação, em Nossa Senhora das Dores houve uma reunião entre a equipe do Projeto Acolher e os alunos da unidade de ensino. “Nessa reunião, os alunos externaram, em forma de desabafo, uma série de problemas que estavam vivenciando por conta de um determinado professor”, explicou.

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Dentre os fatos narrados pelos alunos, estavam condutas praticadas pelo professor no que diz respeito a comentários pejorativos de teor homofóbico, racista e machista. “Isso estava por demais incomodando os estudantes da escola”, ressaltou Wanderson Bastos.

Além desses comentários, Wanderson Bastos revelou que as alunas narram ainda que o professor chegou a fazer toques e gestos que recaem na prática de importunação sexual. “A ponto de proferir palavras de baixo calão, de conotação sexual, além de tocar nos seios de alunas de 15 e 16 anos”, revelou o delegado responsável pela apuração policial.

Ainda conforme o delegado, houve uma assinatura de uma ata da qual o professor se negou a assinar. As vítimas foram ouvidas conforme preconiza a legislação. “Por conta do programa instituído pelo Governo do Estado, o fato chegou ao nosso conhecimento. Ouvimos a psicóloga, a assistente social e uma aluna já maior de idade. As alunas menores de idade foram ouvidas em procedimento específico instituído pela lei exatamente porque são menores e vítimas de crimes sexuais”, informou.

No decorrer da investigação conduzida pela Delegacia Regional de Nossa Senhora das Dores, a unidade policial conseguiu parecer favorável do Ministério Público de Sergipe (MPSE) autorizando o afastamento cautelar do professor. “O MPSE também por conta dos crimes requisitou à Secretaria de Estado da Educação a abertura de procedimento administrativo disciplinar, uma vez que a conduta dele poderá trazer repercussão cível, administrativa e criminal”, enfatizou Wanderson Bastos.

“Não é admissível que alguém que esteja na sala de aula para trabalhar na formação da juventude esteja deformando a estrutura psicológica de alunos que, inclusive, estão precisando se submeter a tratamento médico por conta dessa conduta do professor. Há alunas que estão com medo de andar nos corredores da unidade de ensino”, ressaltou o delegado que investiga o caso.

Wanderson Bastos finalizou solicitando que denúncias sobre o caso sejam encaminhadas à Polícia Civil. “Tão importante quanto noticiar essa matéria é fazer com que vocês, alunos, procurem a delegacia para relatar atos inadequados, inapropriados, ilícitos de qualquer funcionário de escolas públicas para que nós da polícia possamos atuar, possamos operar e trabalhar pela pelo afastamento ou pela prisão dos autores”, pontuou informando ainda que as denúncias podem ser feitas também pelo Disque-Denúncia (181), de forma anônima.

2 COMENTÁRIOS

  1. Fatos como esses podem ser evitados através de um olhar mais profissional da coordenação e direção da escola. Muitas das vezes um abraço pode ser confundido com assédio; uma expressão fora do contexto pode ser taxada de homofobia e racismo. Há várias interpretações e o profissional da educação assim como outros profissionais tem o direito de defesa previsto na Constituição Federal.

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