Quatro homicídios que seriam cometidos nos próximos dias por um grupo criminoso de tráfico de drogas foram evitados com uma operação deflagrada pela Delegacia Regional de Lagarto, nesta quarta-feira, 28. O executor dos crimes entrou em confronto com as equipes policiais e duas outras pessoas — sendo uma estudante de Direito — foram presas em flagrante. A operação contou com o apoio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e da Divisão de Inteligência (Dipol).
De acordo com as informações policiais, a investigação teve início há cerca de quatro meses. A apuração policial gira em torno da atuação de uma associação criminosa que agia com tráfico de drogas e homicídios, na modalidade de pistolagem.
A investigação identificou que o líder do grupo gerenciava a associação criminosa de dentro de uma unidade prisional. Ele ainda tentou dificultar as investigações ao trocar constantemente de aparelho celular e de chip.
No decorrer da apuração policial, a investigação identificou homicídios praticados pelo grupo criminoso em Aracaju, Lagarto, Campo do Brito, São Domingos e Nossa Senhora das Dores.
Mais quatro homicídios estavam sendo planejados para os próximos dias, conforme levantamento policial. A ordem do líder do grupo era somente poupar crianças, e matar qualquer pessoa que estivesse na residência dos rivais.
Executor de homicídios
O principal executor dos crimes tinha mandado de prisão em aberto e estava há mais de 800km de Lagarto, no interior da Bahia. Ele foi encontrado após um cerco policial no interior de Sergipe, quando retornava para Lagarto. Ele entrou em confronto com as equipes policiais, foi atingido, socorrido, mas não resistiu e morreu.
Estudante de Direito presa
Na operação, uma estudante de Direito foi presa em flagrante por servir à associação criminosa alvo da operação. Ela estava guardando, em sua residência, coletes, balaclavas, três armas de fogo e um equipamento rasga vergalhão para estourar cadeados e correntes. O material seria utilizado nos homicídios e foi adquirido por um homem, preso na operação.