Um caso chocante veio à tona em Aracaju, nessa quarta-feira (20), quando oficiais de justiça, durante uma ação de despejo, descobriram o cadáver de um homem dentro de uma geladeira em um apartamento no Bairro Suíssa, Zona Sul da cidade. A suspeita, foi presa por suspeita de ocultação de cadáver e maus tratos à sua filha de quatro anos. O corpo, em avançado estado de decomposição, estava escondido em uma mala. A mulher prestou depoimento à Polícia Civil, onde confessou guardar o corpo, mas negou ser responsável pela morte.
De acordo com a delegada Roberta Fortes, que conduz as investigações, a técnica de enfermagem alegou que o homem teria falecido em 2016 e que ela encontrou o corpo quando voltou do trabalho, optando por escondê-lo por medo. “A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira,” disse a delegada.
A identidade da vítima ainda está sendo apurada, mas a suspeita afirmou que mantinha um relacionamento amoroso com ele. Exames periciais serão realizados para confirmar a identificação.
A situação ficou ainda mais perturbadora quando os oficiais de justiça arrombaram a porta do apartamento para cumprir a ordem de despejo. A mulher foi encontrada desacordada e sangrando em um dos cômodos, após uma aparente tentativa de suicídio ao saber que seria despejada. A filha de quatro anos, que não estava ferida, foi encontrada assistindo a um vídeo em um celular e foi retirada do apartamento pelo Conselho Tutelar.
Além das acusações relacionadas à ocultação de cadáver, a suspeita enfrenta também acusações de maus tratos à criança devido às condições de insalubridade no apartamento. O local estava repleto de sujeira e entulhos, conforme relataram os vizinhos. Segundo um dos moradores do prédio, a suspeita vivia ali há cerca de 12 anos e, embora não recebesse visitas frequentes, não levantava suspeitas. Vizinhos também mencionaram que o apartamento tinha odor de lixo, mas o mau cheiro do corpo não era perceptível.
O caso está em curso, e as autoridades continuam a investigar as circunstâncias da morte do homem e os motivos que levaram a técnica de enfermagem a esconder o cadáver por tanto tempo. A criança está sob a custódia do Conselho Tutelar enquanto a investigação prossegue.
Fontes SSP/SE