Os professores da rede estadual decidiram em assembleia realizada nesta quarta-feira (3), que vão retomar as aulas nos dias 4 e 5 de maio, porém realizar uma nova paralisação nos dias 9 e 10 de maio. A categoria havia decidido anteriormente que ficaria de braços cruzados entre os dias 2 e 5 maio como forma de protestar para que os deputados estaduais não aprovassem a projeto de lei do Governo do Estado que propõe reajuste salarial de 2,5%.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), a decisão de retomar as aulas é motivada por dois fatores: pela não votação do projeto de lei do reajuste; e pela informação – dada pelo líder do governo na Alese – de que o governador marcará uma audiência com o Sintese na próxima segunda-feira, 8. Ainda segundo o Sintese, a decisão também foi tomada em respeito aos estudantes, pais, responsáveis e toda a comunidade escolar.
O Sintese explicou que, durante a próxima paralisação, nos dias 9 e 10, os professores da ativa (efetivos e contratados) continuarão mobilizados na Praça Fausto Cardoso com o objetivo de avançar no diálogo com os deputados e deputadas estaduais de modo a não aprovarem o projeto dos 2,5% e também para que se mantenha o processo de negociação com o governador para a retomada da carreira do magistério em 2023.
“As professoras e professores da rede estadual da ativa (efetivos e contratados) e aposentados esperam que o governador do Estado tenha a sensibilidade e efetivamente discuta com o Sintese, um processo de retomada da carreira que se inicie este ano nos patamares aprovados nas assembleias da categoria”, afirma o presidente do Sintese, Roberto Silva dos Santos.
Entenda
Os professores da rede estadual decidiram paralisar as atividades entre os dias 2 e 5 de maio por não concordar com o reajuste de 2,5% proposto pelo Governo de Sergipe. No entanto, a desembargadora Elvira Maria de Almeida Silva, do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ-SE), determinou, após ação do Governo do Estado, a suspensão do movimento paredista, alegando que embora o Sintese tenha o direito de realizar paralisações, o movimento paredista é desproporcional, haja vista que as negociações com o governo ainda são incipientes.
Com informações do Sintese