
O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) cumpriu mandado de prisão contra o segundo investigado pelo Golpe do Falso Empréstimo com prejuízo de R$ 200 mil a uma vítima de Aracaju. Ele e um comparsa se apresentaram como funcionários do alto escalão de uma instituição financeira e, ao alegar facilidade para aprovação de um empréstimo de R$ 5 milhões, convenceram a vítima a pagar a quantia que liberaria o empréstimo. A prisão, que ocorreu no último sábado (9) no Distrito Federal, contou com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol) a da Polícia Civil do DF.
De acordo com a delegada Suirá Paim, as investigações tiveram início em dezembro de 2024, quando a vítima procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência, relatando ter sido vítima de golpe de estelionato. “A vítima informou que precisava de um crédito vultoso para fazer um investimento e foi atraída pela argumentação do golpista”, detalhou.
A vítima relatou ainda que um dos investigados se apresentava como funcionário do alto escalão de uma instituição financeira. “Ele alegava ter acesso e facilidades para liberar empréstimos de grandes valores”, detalhou a delegada Suirá Paim.
Para a concretização do suposto empréstimo, os investigados marcaram uma reunião em um hotel de Aracaju, assim como detalhou a delegada Lauana Guedes. “Após o ajuste dos termos do negócio, investigados e vítima se dirigiram a um hotel de Aracaju, onde ocorreria a troca de valores combinada: a vítima entregaria R$ 200 mil de comissão em troca dos supostos R$ 5 milhões de empréstimo”, especificou.
Em determinado momento de distração, o investigado já preso anteriormente exibiu uma nota de R$ 200 verdadeira para dar credibilidade ao golpe, fazendo a vítima acreditar que as demais cédulas também eram legítimas. “Logo em seguida, ele pegou a mala da vítima e saiu com o comparsa, dizendo que iria até a saída do hotel e retornaria em seguida, o que não ocorreu”, relatou a delegada Lauana Guedes.
Quando a vítima abriu a mala constatou que todas as notas eram grosseiramente falsas, o que foi confirmado pela perícia, que identificou impressões rudimentares.
Com o registro da ocorrência no Depatri, as investigações mostraram que os suspeitos não são de Sergipe. Um dos investigados já havia sido preso. “Em abril deste ano, efetuamos a prisão de um deles e, no sábado, prendemos o segundo. Ambos já respondem a outros processos e possuem registros de ocorrências em diversos estados pela prática do mesmo crime”, relatou Suirá Paim.
Após a prisão do primeiro envolvido no crime, o segundo investigado foi localizado no último sábado pela Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio da inteligência da Polícia Civil de Sergipe. “Ele já tinha sido preso diversas vezes, respondia a mais de 20 inquéritos policiais por delitos como estelionato, uso de documento falso, crime ambiental e até crimes investigados pela Polícia Federal”, descreveu a delegada Lauana Guedes.
Ambos os investigados já se encontram à disposição da Justiça, e a Polícia Civil solicita que outras eventuais vítimas procurem a unidade policial para o registro do boletim de ocorrência. Informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.