HU de Lagarto disponibiliza teleconsultas para mulheres trans em privação de liberdade

O Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), iniciou em abril deste ano um projeto pioneiro de teleconsultas para mulheres trans em situação de privação de liberdade no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan). A iniciativa visa garantir o direito à saúde com acolhimento, dignidade e respeito, rompendo barreiras que impedem esse público de acessar cuidados integrais.

Até o momento, já foram realizados 24 atendimentos, que incluem desde o acolhimento inicial até a construção de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) para cada usuária. “A telessaúde contribui para reduzir desigualdades no acesso à saúde especializada. Acolhemos as demandas dessas mulheres com uma abordagem integral e humanizada, assegurando que acessem não só o processo transsexualizador, mas também outros direitos fundamentais”, explicou Sandra Menta, superintendente do HUL-UFS.

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As teleconsultas são organizadas em conjunto pelo Ambulatório Transsexualizador, a Unidade E-Saúde e a Unidade Prisional, utilizando plataformas seguras e o sistema AGHU (prontuário eletrônico da Rede Ebserh), garantindo sigilo e privacidade conforme a Lei Geral de Proteção de Dados. O agendamento é feito com apoio da equipe de saúde do presídio, assegurando que as mulheres estejam em ambiente seguro e reservado durante as videochamadas.

O ambulatório conta com uma equipe multiprofissional formada por médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, endocrinologistas, enfermeiros e nutricionistas. As principais demandas atendidas envolvem acompanhamento hormonal, prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, suporte psicossocial, questões ginecológicas e saúde mental, especialmente no acolhimento de casos de violência institucional e discriminação. “Nosso papel é garantir cuidado integral, com enfoque na equidade, respeitando a identidade de gênero e promovendo saúde de forma contínua”, destacou Amanda Vitório, chefe do Ambulatório Transsexualizador.

Por LagartoComoEuVejo.com.br, com informações da Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh

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