Governo cria nova faixa do ‘‘Minha Casa, Minha Vida’’ para classe média

O governo federal anunciou recentemente a criação da Faixa 4 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, voltada a família com renda mensal de até R$ 12 mil.

A medida amplia o limite anterior, de R$ 8 mil, e permitirá o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com juros anuais de 10,5% — abaixo dos 12% praticados pelo mercado.

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A proposta será votada hoje no Conselho Curador do FGTS, mesmo dia em que o governo envia ao Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Se aprovada, a nova faixa começará a operar em 2 de maio, com meta de atender cerca de 120 mil famílias ainda em 2025.

Quem paga essa conta? O financiamento contará com até R$ 30 bilhões em recursos, sendo:

  • 50% do FGTS, por meio de realocação de verbas da Faixa 3
  • 50% da Caixa Econômica Federal, via poupança e letras de crédito imobiliário. Um decreto presidencial já autoriza o uso do Fundo Social do pré-sal na operação.

Além da nova faixa, o governo estuda ajustar os limites de renda das faixas já existentes e criar uma linha de crédito para pequenas reformas — apelidada de “crédito para puxadinhos” — com R$ 3 bilhões do Fundo Social.

A ampliação do programa é vista como tentativa de reaproximação com a classe média, onde Lula enfrenta rejeição. Dados da pesquisa Quest, realizada no início do mês, indicam desaprovação de 61% entre famílias de renda de 2 a 5 salários mínimos, e de 64% nas famílias com renda acima de 5 salários mínimos (+R$ 7.590).

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