O Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, prendeu o casal paulista investigado por aplicar um golpe contra um morador de Sergipe. O golpe ocorreu em torno da aquisição de uma suposta carta de consórcio e gerou um prejuízo de R$ 150 mil. Para praticar o crime, os investigados ainda utilizaram inteligência artificial para ludibriar a vítima. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 14.
De acordo com a delegada Lauana Guedes, a investigação teve início há cerca de um ano. “Quando a vítima, residente em Sergipe, após adquirir uma suposta carta de consórcio num site de vendas e negociar a compra de um veículo, percebeu ter sofrido um golpe. Diante do fato, um boletim de ocorrência foi registrado junto à Polícia Civil sergipana”, detalhou.
Segundo a vítima, ela procurou uma loja de venda de carros em Aracaju, onde ficou interessada num dos veículos expostos no local. “A partir daí, ao pesquisar cartas de consórcio, encontrou uma que atendia às suas necessidades num site de vendas e passou a tratar com o suposto vendedor, fechando negócio e colocando-o em contato com a vendedora da loja de automóveis”, narrou a delegada.
Nas tratativas, os golpistas enviaram documentos falsos para a vítima e um deles, ao usar uma foto da vendedora da loja de automóveis no perfil e utilizar inteligência artificial, chegou a falar com o comprador, fazendo-o acreditar que estava em conversas com a funcionária e levando-o a transferir valores, causando um prejuízo de R$ 150 mil.
Ainda conforme a delegada Lauana Guedes, a investigação mostrou que o golpe foi feito por um casal, residente no interior paulista, que estava gerando vítimas em todo o Brasil. Ainda de acordo com o Depatri, durante toda a apuração, a dupla seguiu com o seu perfil ativo no site de compras.
“Com a parceria da Polícia Civil de São Paulo, na segunda, na cidade de Santo André, foi dado cumprimento ao mandado de prisão da dupla. Os investigados estão detidos em São Paulo e, posteriormente, serão encaminhados ao sistema prisional sergipano”, finalizou a delegada Lauana Guedes.