O antigo lixão de Lagarto, desativado há mais de um ano, ainda causa problemas graves para a comunidade local. Nos últimos dias, um incêndio atingiu o local e, devido aos gases tóxicos acumulados, o fogo persiste e não se apaga naturalmente, espalhando fumaça pela região. A situação tem gerado transtornos significativos aos moradores, que enfrentam o incômodo da fumaça dia e noite.
Na manhã deste sábado, o portal Lagarto Como eu Vejo realizou um sobrevoo sobre o lixão para registrar a situação atual do incêndio. Nas imagens aéreas, é possível ver a área tomada pela fumaça, que se dispersa em direção às residências do povoado Santo Antônio e outras localidades próximas, a exemplo do conjunto João Almeida Rocha.
A reportagem do portal chegou ao caso após um apelo de uma mãe de criança asmática, que relatou as dificuldades enfrentadas pela família desde o início do incêndio. “Meu filho tem asma, e moramos aqui próximo ao Santo Antônio. Essa semana está muito complicado; a fumaça do lixão voltou, e estou muito preocupada, porque isso agrava a saúde do meu filho,” desabafou a moradora, que preferiu não se identificar. Segundo ela, a situação se torna mais crítica durante a madrugada, quando o vento muda de direção, intensificando o desconforto para as famílias da região.
Ela ainda expressou frustração com a falta de uma resposta efetiva por parte das autoridades locais. “Sei que a Prefeitura está ciente, mas não resolve. Vejo em vocês um meio de cobrar uma solução para esse problema,” completou.
O Lixão
O lixão de Lagarto, localizado no povoado Santo Antônio, foi o principal destino dos resíduos sólidos da cidade até outubro de 2023, quando sua desativação definitiva foi anunciada pela Prefeitura em cumprimento a um Pacto de Preservação Ambiental firmado com o Ministério Público. O objetivo do pacto foi promover a preservação do meio ambiente e direcionar o descarte de lixo para formas mais sustentáveis e seguras. Entretanto, o incêndio recente reacende as preocupações com os riscos ambientais e de saúde pública, principalmente para moradores de comunidades próximas.
Por José Pedro, LagartoComoEuvejo.com.br