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Denarc deflagra ‘Operação Sementes de Ouro’ e cumpre mandados por tráfico de drogas em Salgado e Aracaju

Plantio irregular do entorpecente foi encontrado; sementes eram comercializadas ilegalmente

O Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 26, nos municípios de Salgado e Aracaju, a ‘Operação Sementes de Ouro’ e cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão e realizou uma prisão em flagrante. A ação, que teve o apoio do Grupamento Tático Aéreo (GTA), desarticula uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas atuante no estado de Sergipe, em especial na região metropolitana de Aracaju e Salgado.

Em uma das buscas, numa chácara na área rural de Salgado, as equipes policiais encontraram uma vasta plantação de maconha, com milhares de plantas da droga. No local, também havia uma grande estrutura de laboratório e estufa, com câmeras dispostas em toda a área onde o entorpecente foi plantado.

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As investigações tiveram início, há aproximadamente seis meses, quando o Departamento de Narcóticos recebeu informações sobre as práticas delituosas de tráfico de drogas e organização criminosa por parte de alguns membros de uma associação sem fins lucrativos, que recebeu autorização para cultivar maconha. Na oportunidade, foi instaurado inquérito policial para apurar os fatos.

Segundo o Denarc, a associação em si não é objeto das investigações, mas os seus associados, que, percebendo a lucratividade e a facilidade no acesso às plantas produzidas, começaram a comercializar maconha livremente. O cumprimento dos mandados conta com o apoio do Canil da Guarda Municipal de Aracaju. 

Ainda de acordo com o Departamento, as investigações mostraram que membros da referida associação, principalmente aqueles que ocupam cargos com poder de gestão e decisão, como o presidente, engenheiro agrônomo, gerente de cultivo e conselheiro fiscal, aproveitaram a facilidade de acesso e a falta de fiscalização para desviar as plantas produzidas e comercializá-las ilegalmente pelo estado, chegando a cobrar o valor de R$ 30 mil por quilo de droga.

O inquérito policial apurou também que o presidente da associação propôs aos funcionários que o pagamento das prestações devidas fosse realizado em sementes de Cannabis ou até mesmo na planta in natura. A Polícia Civil teve acesso ainda a áudios do presidente da associação, que comprovam o momento em que ele confirma o comércio ilegal de sementes da maconha.

Alguns dos investigados já haviam sido presos e condenados anteriormente justamente pelo crime de tráfico de drogas, comprovando uma tendência à prática dessa modalidade criminosa.

Diante de todos os elementos de informações levantados, foram representadas, junto ao Poder Judiciário, pelas medidas cautelares, e, após decisão favorável, cumpridos nesta sexta-feira os mandados. As investigações continuarão no sentido de identificar outras pessoas envolvidas.

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