Dentre os principais crimes que vêm sendo registrados em Sergipe, estão aqueles que são praticados através da internet e com o uso de aplicativos de mensagem e redes sociais. Essas práticas criminosas são chamadas de crimes cibernéticos e são cometidas por cibercriminosos que utilizam de engenharia social para criar mensagens que chamam a atenção das potenciais vítimas. São links apontando para supostas compras de alto valor ou ainda com propostas de alta rentabilidade financeira.
“Podemos considerar como crime cibernético toda aquela ação criminosa que é praticada através da internet. Tanto o celular, como também o computador são os os meios nos quais os golpistas utilizam para praticar golpes. O objetivo dos criminosos sempre é financeiro, e, para atingir esse objetivo, eles se utilizam do ambiente virtual. Os crimes são praticados através da internet, através de uma ligação telefônica ou através de um SMS falso”, explicou o delegado Augusto César, da 1ª Delegacia Metropolitana (1ª DM).
Essas investidas criminosas praticadas através da internet são legalmente tipificadas ao serem denunciadas, conforme detalhou Augusto César. “Existe a tipificação de crime de furto, mas há questão do furto mediante fraude eletrônica, que é aquele praticado no ambiente virtual através de um dispositivo eletrônico. Da mesma forma, como há o estelionato, existe o estelionato cometido por fraude eletrônica. São crimes que estão acompanhando a evolução da sociedade”, revelou o delegado.
Recomendações
Como em qualquer crime, a recomendação primordial é a prevenção, assim como evidenciou Augusto César. “A primeira prevenção é referente às ligações telefônicas, mensagens de texto e também por aplicativo. Recebeu uma ligação ou recebeu um SMS [mensagem de texto] ou uma mensagem pelo WhatsApp de uma pessoa que você desconhece, de um contato que não esteja salvo na sua lista de contatos, tenha cautela”, recomendou o delegado integrante da 1ª DM.
Além do cuidado com mensagens e ligações, o delegado também alerta sobre aplicativos que são de fontes desconhecidas e que podem trazer vírus para computadores e celulares. “Nunca baixe aplicativos ou faça download de programas que você não tem avaliação correta do que se trata, pois se trata de phishing, de uma ‘pescaria’ de dados. Os cibercriminosos fazem uma pescaria no seu aparelho celular ou no seu computador, capturando dados sensíveis para utilizá-los”, alertou.
Em paralelo ao cuidado com ligações e mensagens e também ao download de aplicativos e programas de computadores, Augusto César também destacou o cuidado com as senhas pessoais. “Tenha cuidado com suas senhas. É importante ter cuidado com senhas tanto das redes sociais, quanto de aplicativos de bancos. As senhas precisam ser preservadas. Nunca anote no bloco de notas do celular e nunca coloque apenas com fácil acesso de identificação”, ressaltou.
Ainda no que se refere ao cuidado com as senhas, o delegado integrante da 1ª DM recomendou também que sejam adotadas outras formas de verificação em aplicativos. “Preserve suas senhas e, onde for possível utilizar a verificação em duas etapas, como no WhatsApp e no Instagram, crie essas barreiras de segurança. Assim, você dificulta o acesso dos cibercriminosos aos seus dispositivos de informática e também ao seu smartphone, já que o aparelho é um minicomputador”, acrescentou às orientações.
Denúncia
As vítimas dos crimes cibernéticos devem procurar uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência. É a partir do boletim de ocorrências que a Polícia Civil pode investigar a prática criminosa, identificar os autores da ação criminosa e solicitar a prisão dos investigados à Justiça. Informações e denúncias sobre crimes praticados com o uso da internet também podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo do denunciante é garantido.
Fonte: SSP/SE