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Duas garotas de programa trans foragidas de Sergipe são presas por extorsão, roubo e associação criminosa em Alagoas

Elas foram presas em uma casa de prostituição no município alagoano de Delmiro Gouveia

Em continuidade às apurações policiais que resultaram na Operação Themis em outubro deste ano, mais duas mulheres transexuais investigadas por extorsão, associação criminosa e roubo em Aracaju foram presas em uma casa de prostituição em Delmiro Gouveia (AL). A investigação é conduzida pela Delegacia de Turismo (Detur) e, após acionamento da Divisão de Inteligência de Sergipe (Dipol), a Polícia Civil de Alagoas cumpriu os mandados de prisão contra as duas investigadas nesta sexta-feira, 3.

A prisão das duas investigadas é um desdobramento da Operação Themis, deflagrada em outubro. Na época, três garotas de programa, mulheres transexuais, foram presas. Com as duas prisões desta sexta-feira, são cinco investigadas presas. As apurações policiais que são conduzidas pela Detur com o auxílio da Dipol seguem em andamento para chegar à localização de uma sexta integrante da associação criminosa. 

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Conforme as informações policiais, a investigação, que teve início em abril deste ano, identificou boletins de ocorrência em que as vítimas narraram crimes de extorsão praticados por garotas de programa transexuais em Aracaju. Com o pretexto de fazerem programas sexuais, elas extorquaim as vítimas mediante violência para obter vantagens financeiras. 

“No decorrer das investigações, sentimos um aumento de boletins de ocorrência em casos desse tipo especialmente em períodos de festividade. Foi uma investigação delicada e que durou um certo tempo por conta do tipo de crime e por conta das pessoas envolvidas, tanto as investigadas, quanto das vítimas”, explicou a delegada Luciana Pereira no dia 5 de outubro, quando foi detalhado o resultado da operação.

Dentre os crimes narrados pelas vítimas, foi identificada a prática de associação criminosa, conforme relatou a delegada Giselle Martins, em 5 de outubro. “Recebemos uma vítima narrando que, após o término de um programa, chegaram outras transexuais que começaram a extorqui-la. Eram quantias significativas que eram retiradas das contas das vítimas”, complementou. 

Também no decorrer da investigação, a ação criminosa das investigadas fez com que profissionais do sexo fizessem pedidos de ajuda à Polícia Civil, assim como revelou Luciana Pereira. “No sentido de que esse tipo de crime, tanto assaltos, quanto extorsões, acabam afugentando e amedrontando clientes. Então a gente recebeu um grande apelo por parte de outros profissionais do sexo que pediam que a gente resolvesse a questão”, citou.

Modo de atuação das investigadas

Em alguns casos, após programas sexuais, as investigadas alegavam que precisavam de carona. “Nesse momento, geralmente era uma ou duas mulheres, e, posteriormente, chegavam mais três ou quatro mulheres trans. Elas constrangiam as vítimas e as ameaçavam, inclusive agindo com violência mediante uso de faca.  Assim, conseguiam transferências PIX ou pagamentos em maquinetas”, revelou Luciana Pereira.

O modo de atuação das investigadas também envolvia a gravação em vídeo de programas. “Elas filmavam e as outras começavam a pegar cartões e contas, obrigando que a vítima digitasse a senha, fizesse transferências bancárias ou ainda passassem os cartões em maquinetas que elas tinham em mão”, acrescentou a delegada Giselle Martins, integrante da Delegacia de Turismo (Detur), unidade policial que investigou o caso.

Denúncias

A Polícia Civil solicita que informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.

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