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MPF e movimento LGBT visitam ambulatório transexualizador do Hospital Universitário de Lagarto

Discutir e alinhar ações para a melhoria e aprimoramento dos serviços ambulatoriais prestados aos usuários. Esse o objetivo da visita que a procuradora da República, Martha Figueredo e representantes dos movimentos LGBTQIAPN+ fizeram ao Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário de Lagarto (HUL) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que funciona no Campus UFS Lagarto.

O ambulatório disponibiliza consultas e atendimentos ao público trans em especialidades e áreas como endocrinologia, ginecologia, psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, farmácia, psiquiatria, serviço social, enfermagem e nutrição. O serviço oferta uma abordagem humanizada e integral sensível às questões de gênero. O acesso ocorre via demanda espontânea ou agendamento telefônico (3632-2177), funcionando semanalmente às quintas-feiras à tarde.

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“A visita realizada pelo MPF e pelos movimentos LGBTQIAPN+ ao ambulatório é muito importante para incrementação do diálogo entre os profissionais que atuam no serviço e a população atendida, permitindo a troca de experiências e a compreensão das demandas dos usuários e as possibilidades de adequação da unidade”, destacou Martha Figueredo, procuradora regional dos direitos do cidadão do Ministério Público Federal em Sergipe.

Ainda de acordo com a procuradora da República, o Ambulatório Transexualizador de Lagarto tem contribuído no processo de implementação dos direitos das pessoas trans e travesti em Sergipe. “Sendo o único serviço de saúde especializado em todo o estado para essa população”, ressaltou. “Mas ainda há muito a avançar nesse sentido, daí o estímulo do MPF para que essa parceria entre o HUL-UFS e a sociedade civil se intensifique”, complementou.

Acolhimento e cuidado interdisciplinar

“Após três anos desde a minha primeira visita ao ambulatório, retorno com um sentimento de acolhimento e de que dispomos de um lugar onde as pessoas usuárias dos serviços se sentem validadas em sua existência”, enfatizou Alessandra Tavares, advogada e coordenadora do coletivo Mães pela Diversidade em Sergipe. “A importância da existência e funcionamento do ambulatório vale quanto vale a vida de cada uma das pessoas trans e travestis que fazem uso desse equipamento”, complementou, chamando a atenção para a importância da atualização constante dos profissionais e de um leque de atendimento mais integral em favor dos usuários.

“A presença do MPF e de representantes do movimento transexual e travesti no ambulatório busca promover o alinhamento de ações para a melhoria e aprimoramento no cuidado dessa população”, observou Evenlyn Machado, responsável técnica pelo ambulatório e gerente de Ensino e Pesquisa da unidade hospitalar. “O ambulatório de transexualidade de Lagarto oferece cuidado interdisciplinar e especializado no processo transexualizador, além de possibilitar a formação de profissionais da saúde com um olhar diferenciado para o acolhimento e cuidado que este grupo de pessoas necessita”, explicou.

Atendimento integral

Para Amanda Vitório, coordenadora do Ambulatório de Especialidades do HUL, é propósito do Ambulatório Transexualizador ofertar atendimento humanizado e resolutivo. “Acredito que a principal importância do ambulatório trans é a questão de profissionais qualificados para atender de forma humanizada e integral às demandas da comunidade transexual em um ambiente acolhedor”, destacou.

Os participantes da visita foram recepcionados pelo superintendente do HUL-UFS, professor Manoel Cerqueira Neto, pelas gerentes de Atenção à Saúde, Camilla Santana e de Ensino e Pesquisa, Evelyn Machado, pelo chefe da Divisão de Gestão do Cuidado, Marcos Henrique dos Santos e pela coordenadora do Ambulatório de Especialidades da unidade hospitalar, Amanda Vitório.

Assessoria

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