O reú Anderson de Souza, acusado de assassinar a tiros o delegado Ademir Melo, foi absolvido do crime e indicou um policial civil como autor dos tiros e um delegado como mandante do crime. O julgamento popular foi iniciado na última segunda-feira, 8, e terminou no início da noite desta quarta-feira, 10.
Anderson de Souza foi ouvido hoje e segundo um dos advogados de defesa, Josefhe Barreto, contou que um policial civil conhecido como Rastafari – que morreu após baleado acidentalmente por um colega durante uma perseguição a suspeitos na Avenida Barão de Maruim, no Centro de Aracaju – foi o autor dos tiros que mataram Ademir Melo. Ainda segundo o advogado, o réu alegou que o crime foi encomendado por um delegado que possuía um relacionamento com a esposa do delegado.
Durante o júri popular, 10 testemunhas foram ouvidas. O julgamento contou com sete jurados, cinco assistentes de acusação (incluindo um advogado contratado pela família que defendeu a tese de crime de mando) e três advogados na defesa do réu. O caso está em segredo de Justiça e, por isso, o julgamento ocorreu com portas fechadas. O MP deverá recorrer da decisão.
Relembre o fato
O delegado foi morto a tiros no dia 18 de julho de 2016 durante uma caminhada no bairro Luzia, em Aracaju. O acusado, o motoboy Anderson de Souza, confessou o crime e chegou a participar da reconstituição dos fatos. Algum tempo depois, ele alegou que era inocente e optou por permanecer em silêncio, justificando que a atitude seria necessária “para preservar a própria integridade física”. Mesmo assim, ele foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
Fonte: Infonet