Uma perícia psiquiátrica apontou que o sargento José Matias, acusado de matar a tiros o policial militar Cristyano Rondinelli em setembro de 2020, não tinha transtornos mentais à época do crime. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo advogado da família da vítima.
O documento, elaborado por um psiquiatra, mostrou que o sargento, apesar de perturbação da saúde mental, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato. A perícia foi solicitada pelo Ministério Público do Estado (MPE) após dúvidas sobre a integridade mental de José Matias.
Pelas informações do laudo, o sargento negou história psiquiátrica na família, assim como o comprometimento pelo uso de álcool em sua vida.
No exame, ele narrou os momentos antes do crime, e disse que estava em confraternização com amigos, onde ingeriu bebida alcoólica e, depois, foi embora com amigos.
O acusado disse também, que não lembra dos disparos contra o soldado Rondinelli e nem de conflitos com ele. Depois, o sargento disse que se lembra de estar na viatura da polícia. Ele negou sentir remorso com o fato e, de acordo com o psiquiatra, o sargento descreveu a situação com tom de voz normal.
Com o resultado da perícia, o advogado da família do soldado Rondinelli aguarda os próximos passos do processo.
O acusado responde ao processo em liberdade. A defesa não foi localizada para falar sobre o caso.
Entenda o caso
Os dois estavam em uma confraternização, no município de Monte Alegre quando ocorreu o crime. A defesa chegou a afirmar que o disparo foi um acidente.
A família da vítima não sabe a motivação do crime que, inicialmente, foi investigado pela Corregedoria da PM. Depois o processo passou para a Justiça comum, já que a conduta do acusado não tinha relação com a função militar.
O soldado Rondynelli era natural de Santana do Ipanema (AL), ingressou na PM em 2015 e atualmente estava lotado no 7º Batalhão.
Com informações do G1
Em ambiente onde circula bebidas alcoólicas e armas nunca há um desfecho feliz; por mais que o crime tenha ocorrido em outro local. Para a família, a eterna tristeza de perder um membro da família, e para o infrator, CADEIA, essa é a lógica; mas no Brasil tem sempre um “jeitinho”: a impunidade.